17 maio 2006

1 filme e 1 link.

Crash é um filme onde o tempo todo somos convidados a repensar nosso próprios preconceitos, assim, como os personagens tambêm o fazem. Importantes perguntas são feitas, mas nenhuma é respondida. Eu ouso então, mergulhar no assunto tema do filme: o preconceito.

Ter um pré-conceito de algo é primordial para o ser humano; está na base mesma da maneira como nosso racioncínio funciona. Porém, a palavra no Brasil assumiu ares de pecado: uma pessoa preconceituosa é malvada, ignorante, e, em nossos dias, passível de receber pena judicial.

Crash, então, torna-se um chamamento a nossa conciência, já que de cara pergunta se é mesmo errado ter medo de dois negões vindo em nossa direção no meio da noite e nos dando uma resposta que, para o brasileiro médio que acredita que somos muito racistas, é o equivalente a um chute no saco.

O filme tem seu maior mérito ao nos convidar a rever tudo aquilo que pensamos sobre as pessoas que nos cercam, aquilo que temos como certo e verdadeiro e que achamos ter sido mérito de nossas próprias cabeças e que, na verdade, é apenas fruto do hábito que há muito já existia.

Ele mostra também que as pessoas são muito mais que suas condições sociais, cor da pele, ou etnias, mas que, mesmo que muitos de seus comportamentos sejam hábitos adquiridos exatamente por fazerem parte destes grupos, podem, através da educação, sair desse mundinho em que vivem.

Um belo filme.

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Há no fundo de minha mente uma pergunta que jamais obteve resposta: -"Por qual motivo, as pessoas tendem a querer levar todos os filmes a sério"? Dos críticos é até compreensível - embora, não por isso justificável -, mas por qual motivo as pessoas simplesmente não conseguem ver um filme ruim e dar risadas com ele?

Foi, por isso, que fiquei muito alegre, e ri bastante, com o site "Cinema de Culto", onde filmes "bons" - caro leitor, entenderás as aspas assim que visitar o site - são analisados com bom humor e tiradas fantásticas, por um grupo de portugueses.

Vale a visita.